Fugacidade
Adalberto Monteiro
Eu, alcoólatra de ti, vinho nobre.
Frequento escolas de lentidão e paiência.
Se te beber com compulsão
Será um prazer inebriante
Mas me restará o cálice vazio, a solidão.
Macio e tinto e quente
O encontro contigo,
Bobo-o homeopaticamente.
Mas a cada gota que de ti sorvo
Vais desaparecendo.
Quanto mais eu te possuo,
Mais eu te perco.
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